Caranaíba

A rota de penetração da bandeira de Fernão Dias Paes Leme passa pela região onde está o município. Saindo de São Paulo no início do século XVIII, entrou nas região minas gerais pela Garganta do Embaú, cruzou o Rio Grande e alcançou o vale do Rio Paraopeba, depois de passar pelo Rio das Mortes. Caranaíba está na porta de entrada para as nascentes do Rio Paraopeba, onde se localiza os municípios vizinhos de Cristiano Otoni e Queluzito. Necessitando de pontos de apoio e de aprovisionamento, nasciam fazendas e consequentemente povoados ao longo dos caminhos de penetração. Foi como povoado de Nossa Senhora da Glória de Queluz ou simplesmente Glória de Queluz que nasceu a Caranaíba de hoje. Entre os sesmeiros da região, um se destacou, foi o Conde Afonso Celso de Assis Figueiredo, foi deputado pela província mineira, ministro da Fazenda do Império em 1879, membro da Academia Brasileira de Letras e mais tarde Visconde de Ouro Preto. Em 1739 foi erguida a capela em taipa e madeira, em nome de Nossa Senhora da Glória, e em 1770 em alvenaria pelo construtor José Costa de Oliveira famoso por outras igrejas com a Matriz Campo Alegre dos Carijós(Conselheiro Lafaiete) e seu trabalho tem a mesma conformação das igrejas dos Profetas de Congonhas. Por questões políticas, a Sra. Adelaide Christina de Assis, fazendeira da região fez transferir a então Paróquia de Nossa Senhora das Dores, de 1856, para a Capela Filial de Nossa Senhora da Glória, permanecendo lá de 1864 a 1873, voltando à sua antiga sede pela morte do Padre Agostinho Cesário de Andrade, inimigo de Dna Adelaide Christina. Em 1908 após ser transferida para a Paróquia de Santana dos Montes, voltou a ser definitivamente sede de paróquia. E a 30 de setembro deste mesmo ano o distrito passa a se chamar Caranaíba integrado ao município de Carandaí. Em 30 de dezembro de 1962, foi elevado a município. Em 1 de março de 1963 deu-se a emancipação do município.

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